Receita Federal gera preocupação entre pequenos comerciantes com nova fiscalização do Pix
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 22:53
No dia 1º de janeiro de 2025, a Receita Federal decidiu intensificar a fiscalização sobre transações financeiras, e isso não saiu sem causar um verdadeiro torvelinho entre os pequenos empresários que fazem uso do Pix. Com um barrulho ensurdecedor, o órgão garantiu que a medida não viria acompanhada de novos impostos.
O intuito da Receita, segundo eles, é “identificar” a sonegação fiscal, mas os comerciantes não ficaram nada satisfeitos. A previsão é que transações que ultrapassam R$ 5 mil mensalmente para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas fiquem sob o olhar atento do fisco. Imagine a cena: você lá, vendendo seu produto, e o governo de olho nos seus recebidos!
Empreendedores em alerta
Essa situação levou muitos pequenos empreendedores a repensarem o uso do pagamento instantâneo nas suas vendas. E foi após uma onda de protestos nas redes sociais que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu dar um passo atrás e revogar a portaria da Receita Federal.
O desabafo de um microempresário
No coração do Brás, o maior centro de comércio popular do Brasil, o vendedor de sorvetes gourmet, Alessandro Reis, não perdeu tempo e já tirou o Pix de sua lista de opções. Agora, ele só aceita dinheiro vivo e decidiu também se livrar das famosas "maquinhas". Apesar das promessas da Receita, Alessandro acredita que essa fiscalização nunca foi pensada para ajudar o trabalhador, mas sim para reforçar os cofres do governo.
"Aqui, movimento mais do que R$ 5 mil”, disse ele, explicando sua revolta. “Quebrei até a minha maquininha! Essa medida não foi feita pensando no trabalhador brasileiro, mas só no bolso dele [presidente Lula]."
Voando contra a maré!
Outro que compartilha preocupações semelhantes é Marcelo Márcio Alves da Silva, vendedor de água na região. “Se eu tiver que aumentar o preço, o cliente vai sentir” explicou. E aqui vai uma reflexão: quem paga a conta da sonegação fiscal? Na visão de Marcelo, é o consumidor comum que acaba arrematando a fatura.
Por outro lado, a influenciadora digital Karyna Almeida, com 1,5 milhão de seguidores no Instagram, acenou com um olhar mais esperançoso sobre a nova regra. Para ela, empreendedores com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica podem não ser tão impactados. Porém, ela enfatiza que os pequenos sempre sentem o peso: “Tem muita gente no Brás que vende o almoço para pagar a janta”, lamentou Karyna.
A polêmica nas redes sociais
Na última quinta-feira, 9, Karyna postou um vídeo questionando seus seguidores sobre a decisão de abolir pagamentos via Pix e cartão de crédito. Ela usou uma placa que dizia: “Não aceitamos cartão de crédito, débito, Pix ou transferência bancária”. A resposta do Instagram foi apagar sua publicação, alegando que ela estava “vendendo um produto proibido pelo governo federal”. Karyna, firme na sua posição, repostou o vídeo, que rapidamente já acumulou 470 mil visualizações. A repercussão é inegável!
Assim, o cenário segue tenso para os pequenos comerciantes, que aguardam o desfecho de mais um capítulo desta saga entre governo e empreendedorismo.