Oposição Celebra Recuo do Governo sobre Fiscalização do Pix
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 23:24
A quarta-feira (15) foi um dia de festa para os parlamentares da oposição, que celebraram em alto e bom som a revogação do ato normativo da Receita Federal que pretendia aumentar a fiscalização nas transferências via Pix. O governo Lula anunciou a decisão após a onda de críticas e repercussões negativas que tomou conta das redes sociais.
A reação nas redes sociais
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que fez sucesso ao viralizar um vídeo sobre as mudanças, não perdeu a oportunidade de comemorar. Ele destacou a força da mobilização popular, afirmando que “a união da sociedade derrubou a nova regra”. Em sua declaração, Nikolas ressaltou que “o PT tentou monitorar o seu dinheiro, principalmente o do mais pobre, mas o povo se uniu na rede social e derrubamos a decisão”. Palavras que ressoam entre seus apoiadores!
Entenda a polêmica
As novas regras, que entraram em vigor no dia 1º de janeiro, ampliavam o monitoramento de transferências Pix, permitindo transações de até R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Essa decisão gerou preocupações sobre uma possível taxação, levando a Receita Federal a se manifestar garantindo que a norma não resultaria em aumento de tributos.
Fake news e a resposta do governo
Dentro do próprio governo, cresceu a percepção de que a situação havia sido alimentada por uma onda de fake news. Para cortar o mal pela raiz e diante do desgaste causado, o governo revogou a norma e anunciou uma medida provisória reforçando a gratuidade do Pix. O senador Rogério Marinho (PL-RN) não perdeu a chance de criticar, chamando a situação de “uma piada ainda maior que Dilma 2”.
Marinho foi incisivo, afirmando que “com medidas atabalhoadas e a recusa de adotar reformas estruturantes, o governo mostra que só pensa em arrecadar, e que nunca terá a confiança do povo" e criticou a tentativa do governo de censurar as redes sociais.
Confusões e acusações
A turbulência não ficou restrita ao ato normativo. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também se fez ouvir, alegando que a mobilização popular causou “apavoro” no governo. Ele foi direto ao ponto: “Você acabou de testemunhar a verdadeira razão pela qual o atual desgoverno e os falsos defensores da democracia querem censurar as redes sociais: querem oprimir o povo sem serem incomodados!”
Em meio a esse embate, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, puxou os holofotes para Flávio, lembrando que ele havia enfrentado problemas com a Receita em relação a supostos casos de “rachadinhas”. “Agora o Flávio Bolsonaro está reclamando da Receita? Ele não pode reclamar da Receita, ele foi pego pela Receita”, disparou Haddad.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) apontou que o governo “arregou” ao desistir da nova regra e reforçou que a pressão popular foi decisiva. “Lula sentiu a pressão da população e voltou atrás em relação ao PIX. A união faz a força! Não se deixem enganar. Enquanto esse desgoverno estiver no poder, o Brasil não terá paz!”, disse Zambelli com fervor.
Por sua vez, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) também celebrou a reviravolta, afirmando que Lula saiu “derrotado” após a mobilização popular. Já o deputado André Fernandes (PL-CE) não hesitou em criticar a “imprensa tradicional” pela nova regra do governo. Tempos agitados para o cenário político brasileiro!