CGU Identifica R$ 4,3 Bilhões em Irregularidades no MEC
Publicado em 15 de julho de 2025 às 21:17
Auditoria Revela Distorções Milionárias nas Contas do MEC
Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um cenário preocupante nas contas do Ministério da Educação (MEC). O documento, que analisa as contas referentes ao exercício de 2024, apontou R$ 4,3 bilhões em distorções contábeis. O MEC, sob o comando do ministro Camilo Santana, do governo Lula, agora enfrenta a necessidade de explicar estas discrepâncias.
Entre os problemas mais alarmantes identificados, destaca-se uma diferença de R$ 3,3 bilhões entre os registros do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os controles internos de universidades e institutos federais. Esse desequilíbrio resultou em uma superavaliação do patrimônio, acendendo um sinal vermelho nas finanças da pasta.
Outro ponto crítico señalado pela auditoria foi a depreciação de bens móveis, que apresentou falhas significativas e um impacto adicional estimado em R$ 1 bilhão. Além disso, o relatório também destacou um crescimento anômalo nas provisões de longo prazo, que saltaram de R$ 1,2 bilhão em 2023 para R$ 109 bilhões em 2024. A falta de clareza na nota explicativa sobre essas provisões foi outro aspecto que levantou dúvidas quanto à transparência na gestão dos recursos.
A CGU também alertou para a situação alarmante de 2.190 Termos de Execução Descentralizada (TEDs) que estão com prestação de contas pendente, totalizando R$ 3,8 bilhões. Sim, você leu corretamente: essa cifra robusta está em um limbo contábil. Adicionalmente, a auditoria lançou um alerta sobre a sustentabilidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que enfrenta problemas sérios como alta inadimplência e o esgotamento da capacidade do fundo garantidor.
Essas informações constam no relatório nº 1611422/2025 da CGU, que auditou as contas do MEC para o exercício de 2024. Em resposta às nossas solicitações, o ministério optou apenas por reenviar o tão polêmico relatório da CGU. Vamos acompanhar de perto como o MEC irá posicionar-se diante dessas revelações.